A indução e o parto #1

30.11.2016

40 semanas e 5 dias de gravidez. Era dia da indução do parto.

Depois de verificarem que apenas tinha 1cm de dilatação, quase que me mandava embora para voltar dois dias depois. Mas já havia tantas marcações nos dias seguintes que lá me deixaram ficar, no entanto avisaram-me que iria ser improvável que o bebé nascesse naquele dia.
Eram quase 11h quando me deram o comprimido para induzir o parto. Estava tudo bem, eu sentia-me bem mas a começar de ficar nervosa. Passado cerca de uma hora, ao fazer-me o 'toque' uma enfermeira rebenta a bolsa. Quando vi a atrapalhação dele a minha pergunta foi imediata "era suposto fazer isso já?". "Não!". Aí os nervos ainda aumentaram mais um bocadinho. A bolsa já tinha rebentado e a dilatação nada tinha alterado.
Às 16h já estava com quase 4cm de dilatação, o que achei que até estava a evoluir bem. Até que essa dilatação durou até às 19h! Três horas que passaram e nem um bocadinho de evolução!
Outra enfermeira que me veio ver a essa hora, chamou o anestesista para me colocar o cateter para a epidural. Este Sim, era o meu maior medo! O estar bem posicionada e sempre quietinha era algo que achava que não era compatível com uma agulha a ser espetada na coluna. Não correu mal. Acho que fiquei estática com o medo! Pouco passava das 19h20m quando me deram a primeira dose da epidural. Uns minutos depois e senti-me maravilhosamente bem. Já não sentia as contrações que tinham começado a aparecer a meio da tarde.
As horas iam passando e eu e o Joel começamos a tentar adivinhar a que horas iria nascer o Martim. Começamos a prever as 22h mas depois a dilatação não avançava a um ritmo rápido e passamos para a previsão de pouco antes da meia noite. Mas mais uma vez a dilatação não ajudava as nossas previsões. E terminamos este dia com cerca de 5cm de dilatação, umas três doses de epidural e o bebé ainda na barriga.

- A Mãe

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Vamos dizer adeus à sonda (no nariz)

Imagem
Desde o primeiro de dia de vida que o Martim é alimentado por uma sonda nasogástrica. No início tinha a sonda na boca, mas desde maio que passou a usá-la no nariz para que os movimentos da língua pudessem desenvolver sem que tenha nada a incomodá-lo. Estamos a uma semana de nos "despedirmos" desta sonda. O Martim vai "perder" o acessório que mais identifica a doença neuromuscular dele. Não vai ser um adeus às sondas, pelo menos para já, mas a longo prazo esta sonda não é o mais indicado para o Martim. É uma sonda fina onde não é possível administrar sopa, papa ou fruta devido à espessura da comida. É uma sonda que se torna desconfortável, tem de ser trocada com frequência. Vamos dizer olá à sonda colocada  na barriga diretamente ao estômago , através de uma cirurgia ( gastrostomia endoscópica percutânea - PEG). Este método alternativo à sonda no nariz é menos invasivo, eficiente e seguro, no entanto poderá ter algumas complicações associadas. In
Ler mais

Terapia da fala e as bandas neuromusculares

Imagem
Tão pequenino e já anda na terapia da fala? Já anda a aprender a falar? Estas são algumas das perguntas que me fazem quando digo que o Martim anda na terapia da fala. Ainda quando estava internado no Porto, como menos de dois meses, teve algumas sessões mas depois de ter alta só conseguimos ter novamente a terapia já quando ele tinha sete meses. " A Terapia da Fala não trata apenas problemas na fala, mas abrange também a prevenção, a avaliação e a intervenção em toda a comunicação humana e nas suas perturbações (voz, fala, linguagem oral e escrita), bem como nas alterações referentes às funções estomatognáticas (respiração, fala, mastigação, deglutição e sucção).  Por isso, podem os observar que o Terapeuta da Fala trabalha com músculos (faciais e cervicais) e articulações (articulação temporo-mandibular)" * No caso do Martim, para já o mais importante são as funções  estomatognáticas, nomeadamente a mastigação, deglutição e sucção. Uma vez que ele não tem es
Ler mais

Adeus pé boto.

Imagem
Quando fomos à ecografia do segundo trimestre foi detetado que o Martim iria nascer com pé boto. No pé direito parecia ser uma coisa ligeira, ou posicional até, mas o pé esquerdo seria algo mais acentuado. Ficamos logo assustados, mas a médica tranquilizou-nos quando disse que o pé boto é a deformidade mais comum dos pés e era algo de tratamento relativamente fácil. Mas para que o tratamento tenha sucesso é necessário que este seja iniciado logo após o nascimento do bebé para que, no futuro, o bebé consiga apoiar adequadamente o pé no chão, caminhar com normalidade sem perturbar o seu desenvolvimento psicomotor. Esta deformidade surge, muitas vezes, da influência genética, mas noutros casos pode ser resultado de uma má posição fetal no útero ou por diversas alterações musculares e neurológicas. Após o parto foi confirmado o que se tinha visto nas últimas ecografias. O pé direito não sofria de pé boto, apenas um mau posicionamento durante a gravidez, mas o pé esquerdo tinha
Ler mais